terça-feira, 7 de agosto de 2012

Aldeia de Castelões

Artesanato


Foi em noite mal dormida, daquelas em que pensamos em tudo e mais alguma coisa, que o Armindo Rodrigues, outrora "O da minhota" e agora "O guarda", teve a brilhante ideia de arranjar um hobby para as suas poucas horas de vazio.




Nessa noite vieram-lhe à ideia os seus netos e os dos outros, que longe da terra mãe vão crescendo e desenvolvendo outros conhecimentos, e que mais tarde vem de férias às origens, ficando confusos quando ouvem falar em nomes de utensílios de trabalho dos quais não fazem a mínima ideia da sua forma ou utilidade, fugindo cada vez mais rápido a possibilidade de os mostrar e poder esclarecer sobre a sua utilidade e funcionalidade.




Com a chegada das máquinas agrícolas, o arado, a charrua, a agrade  ou o carro com estadulhos, de tracção animal, a roca, o fuso ou a dobadoira, para trabalharem na lã, o engaço, as forquilhas, a foice, a foicinha, ou a vara da aguilhada e tantas outras peças que faziam parte do dia-a-dia dos seus antepassados, vão desaparecendo.




Pensando à distância, o Armindo pôs em marcha o projecto de reproduzir à escala 1x10 toda essa panóplia de coisas da lavoura que orgulhosamente multiplica e preserva para memória futura.




Sem qualquer interesse comercial, este meu praça dedica um pouco de si em prol dos outros, contribuindo para a preservação de um património que é a identidade do nosso povo e da nossa região.

Bem haja por isso.






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