quarta-feira, 14 de setembro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
FESTA NA ALDEIA
Desde que me conheço, que o primeiro Domingo do mês de Setembro em Castelões, é dia de Festa em Honra da Nossa Senhora das Necessidades e do Engaranho.
Actualmente pondera-se a alteração da data festiva pois a maioria dos emigrantes tem os seus regressos agendados para os finais de Agosto, ficando por isso privados de participar naquela que desde sempre é a Festa preferida de todos.
O caso naturalmente não gera consenso, defendendo uns a ideia da tradição antiga e outros, que a tradição é a Festa e o dia pouco importa… Por mim, estou pelos outros, tentando com anúncio antecipado, a experiência em dois ou trás anos, a ver… Devemos acompanhar a evolução dos tempos, digo eu…
Falha-me a memória, para recordar a última vês que as Sombrinhas viraram Guarda-Chuva no dia da Festa, como me falha, para lembrar de cenário tão devastador ao redor do Santuário provocado pelo fogo.
Falha-me a memória, para recordar a última vês que as Sombrinhas viraram Guarda-Chuva no dia da Festa, como me falha, para lembrar de cenário tão devastador ao redor do Santuário provocado pelo fogo.
Indiferente a tudo isso, povo e forasteiros acorrem em massa à festa e sem a preocupação de poupar as Alpercatas, vivem-na intensamente, participando em todas as variantes do programa que se estende pelo fim de semana.
…Que começou na tarde de Sábado com um jogo de futesal entre as equipas de Castelões e Ardãos, continuando com musica de Concertinas e copos de vinho, agora abafados com deliciosa carne, assada no interior do Bar da Santa, substituindo para o efeito os inesquecíveis Bolos da Tia Soutelinha…
Já com a noite cerrada, aconteceu a Missa, seguida da Procissão de velas da Igreja ao Santuário.
...E quanta necessidade temos, que a Senhora das Necessidades ajude a iluminar algumas mentes, a ver se conseguimos, um dia, fazer a procissão em cima de alcatrão e com um pouco mais de luz que a luz das velas…
A noite continuou com o bar aberto e música à socapa… É que a censura eclesiástica não permite mais...
Valham-nos estas modernices dos PCs portáteis, pois ao Armando, falta-lhe o fôlego para tocar o seu Realejo e os novos, estou que nem sabem o que isso é!
A Missa campal, um lindo Sermão com sotaque e a Procissão em volta do Santuário preencheram a manhã, encerrando assim o lado religioso da festividade.
Se a mala de um automóvel é muito melhor do que os alforges do burro para transportar a merenda para a festa, não é menos verdade que o automóvel nos transporta rapidamente a casa, evitando o desconforto da comida fria, sentados no chão e com poeirada à mistura... E como a tradição já não é o que era, poucos são os que ficam a meter a Bucha no parque de merendas, optando pela deslocação a casa para degustação do tradicional assado…
À tarde e até ao por do sol, houve baile ao som da Banda de Loivos, copos, vai na roda com modinhas, copos, frio e copos...
O arraial ao Domingo, sem emigrantes, sem artistas de nomeada, sem os forasteiros porque ao outro dia é dia de trabalho e sem aqueles que, música só de Bandas Filarmónicas, fica-se por uns quantos, dois terços dos quais, põem pés ao caminho depois do fogo de artificio, deixando à despedida aquela frase rompida... Estamos sem festa e sem dinheiro!... Dá que pensar...
Com todas as virtudes e defeitos, para o ano lá estaremos novamente!!! É a Festa da Aldeia...
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