domingo, 27 de novembro de 2011

Amigos de São Caetano


UM DIA ENTRE AMIGOS

Depois de alguns anos e graças à muita vontade de dois Carolas, finalmente conseguiu-se reunir uma grande parte dos amigos que à data do 25 de Abril rondavam os 20 anos de idade e que militava pelo Kate-Kero e Copacabana em São Caetano, Rio Tinto.

Se há amigos que pela proximidade ainda se vão encontrando por lá, outros há que a vida os levou para distantes paragens, sendo nestes encontros que todos tem a possibilidade de, duma só penada, se reverem e reviverem tempos passados de partilha em momentos que dificilmente deixaremos de recordar.

O programa iniciou com a concentração da Malta junto ao Kate e dele faziam parte, actividades que então nos ocupava parte dos fins-de-semana, tendo o jogo da bola sido dispensado porque, por um lado o 25 de Abril já lá vai e por outro, não termos conseguido recrutar uma equipa do INEM para aquelas emergências que certamente iriam acontecer…

Ficamo-nos então pelos jogos de mesa. Matraquilhos, Snooker, Dar ao dente e levantamento de copo, King e a sempre apetecida e empolgante Lerpinha, tendo começado as hostilidades com uma Moedinha à Rodada, em que o feliz contemplado a encostar a barriga ao balcão, foi nem mais nem menos um dos Carolas promotores do evento.

Um fim de dia cheio de nostalgia, muito bem passado na companhia de muitos amigos, com momentos de alegria e boa disposição, sem esquecermos aqueles que já partiram mas estiveram presentes em singela homenagem de circunstância.

E para que estes encontros não fiquem por aqui, foram nomeados outros Carolas entre os presentes que darão continuidade à coisa, tendo desde logo ficado agendado o próximo encontro para o dia 26 de Maio de 2012, desta vês com mais amigos, esperamos.

Um bem-haja e saúde para todos os meus amigos, presentes e ausentes.



terça-feira, 15 de novembro de 2011

S. Martinho em Castelões



Desde muito novo me acostumei a festejar o S. Martinho e era tradição na casa de meus pais que a coisa se fizesse à moda da aldeia.

A castanha, depois de assada era colocada dentro dum alguidar, tapada com folhas de couve cortadas na hora, pois o calor das castanhas em contraste com a humidade da couve gera uma condensação, que mantém as castanhas tenras por muito tempo. Sabedorias antigas…

O vinho, produto caseiro proveniente das ramadas de uva Americana lá de casa, saia pela primeira vez do pequeno pipo para ser apreciado. Olhai que é purinho… lembrava o pai Armindo, mas só quando a idade me permitiu a prova é que me apercebi, tratar se de autentica água-pé!

O bacalhau, também não podia faltar. Cortado da peça para a mesa, era mastigado juntamente com as castanhas em pequenas lascas retiradas do meio da posta e por isso pouco salgadas, criando um sabor mesclado e único do doce da castanha com o salgado da lasca.

Recordo com nostalgia essas noites, com os seis sentados em redor da mesa da cozinha, desfrutando dos paladares e do resto das brasas ainda quentes, colocadas estrategicamente por baixo da mesa, debulhando o resto das castanhas para Bilhós, que ao outro dia, agora frias mas fofas e depois de uma jogatina de bola na bouça, iam que nem canja!…

E foi tudo isto que fui encontrar no primeiro S. Martinho que ao longo destes anos fui passar a Castelões.

O convite, extensivo a toda gente da Terra, chegou nos do Júlio Cabeleira, mentor e organizador, que em boa hora se lembrou de brindar a comunidade com uma autêntica Festa de S. Martinho, patrocinada por verbas da autarquia, a boa vontade de muitos e com as castanhas, o vinho e as doçarias, a serem   oferecidas pelos vizinhos.

Gostei de ver, o grande número de pessoas que aderiram à iniciativa. Vi crianças quase de colo e adultos com mais de noventa.

Gostei de ver, toda a gente na festa descomplexada, com vestes de trabalho e do dia a dia.

Gostei de ver, a alegria conjunta dos mais e menos novos em alternâncias musicais, do Folk ao som da concertina, nos tradicionais Cantares de Roda, passando pela Dance e Rock and Rool.

A Cereja em cima do bolo veio com a estreia do recuperador de calor, instalado no interior da Associação, que juntou ao calor da festa o calor do corpo, em dia tão solarengo quanto frio.

O Vídeo que fiz com as fotos que recolhi, vale mais que muitas palavras, proporcionando outros pormenores do dia de S. Martinho, à moda da Aldeia